sábado, 24 de março de 2012

Bolinha de papel


Quando mais jovem, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva e na menor provocação, explodia magoando meus amigos. 

Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado. 

Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva, e me entregou uma folha de papel lisa e dizendo: Amasse-a! 

Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha. 

Agora – voltou a dizer-me, deixe-a como estava antes. 

É óbvio que não pude deixa-la como antes. Por mais que tentei, o papel ficou cheio de dobras. 

Então, disse-me o professor: 

O coração das pessoas é como esse papel... a impressão que neles deixamos será 

tão difícil de apagar como esses amassados. 

Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. 

Quando sinto vontade de estourar, lembro deste papel amassado. 

A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. 

Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas muitas vezes é tarde demais. 

Alguém disse, certa vez: 

"Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio". 

(Manuella Coelho)  

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